Você está se ouvindo?

Sempre fui aquela amiga que todos pegam para psicóloga particular; não, eu não estou reclamando disso, eu realmente amo quando eles me ligam bêbados às três da manhã, mas cá entre nós, eu estou longe de ser a melhor conselheira para eles, muito menos o exemplo de vida a ser seguido, mas aparentemente eles me enxergam como tal, e eu, deixo eles acreditarem nisso.

A maioria dos conselhos que eu dou são a respeito de relacionamentos, e por incrível que pareça, os meus foram cheios de “desastrinhos”, digo que eram desventuras em série; realmente meu amigos acreditam que eu tenha credibilidade para falar sobre isso e talvez eu tenha, pois creio que aprendemos bem mais com os erros que com os acertos.

Mas e aí? Será que eu tenho me ouvido? Acho que muito pouco; na teoria, eu seria a pessoa mais sensata do mundo, a mais desapegada, livre de fantasmas, mas na realidade, eu sou a mais apegada, que faz papel de trouxa e que tem um arquivo de rancor.

Quando aconselhamos alguém deveríamos refletir sobre nossa própria conduta, as vezes nos não enxergamos plenamente o problema que estamos passando e através dos problemas alheios conseguimos ter uma visão mais ampla de nos mesmos.

Meu conselho? Se ouça mais, seja aquilo que você aconselha seus amigos, assim como quer o melhor para eles, queira o melhor para você!

Larissa Emely
Ruiva, aprendiz de mãe, psicóloga de bêbado.