Teoria do inseto

Evoluir é melhorar, porém há sempre aqueles que evoluem mais que outros. Os que não passam por isso deixam de existir. A seleção natural não é cruel, é justa.

Tendo em vista todo o quadro evolutivo que conhecemos, da pré-história até hoje, não há progresso instantâneo. É preciso de tempo, tanto para indivíduos que se sobressaem, como para um grupo sintetizar os aprendizados.  Aprender vem com o erro, não existem registros históricos de um conhecimento real que não tenha sido fruto de tentativas e erros.

Falando de insetos, podemos ver como a evolução é relativa, pois não há primeiro passo superior ao passo de um inseto. Suas necessidades não são difíceis de serem supridas, sua capacidade de adaptação é absurda, sabemos que muitos deles suportam 300 vezes seu próprio peso. Em muitas espécies é notável a organização social e o profundo entendimento hierárquico.

Curioso então estarmos falando de seres que não sofreram evolução, somente a seleção natural. Mas como é possível tanta complexidade, qualidade e serem o que são? Rastejam, comem restos, não tem muitas escolhas em suas vidas, não apresentam linha de raciocínio… A explicação é simples, eles possuem um curto período de vida, só. Uma mosca tem todo seu processo de vida em vinte e quatro horas, ela nasce, se reproduz, alimenta e morre neste tempo. Teríamos evoluído se vivêssemos dias ou meses? Com certeza não! Parte de nosso “boom” evolutivo é graças ao tempo de vida que temos, o indivíduo só passa seus aprendizados para a próxima geração, se ele tiver aprendido algo.

Então podemos afirmar com esse raciocínio, que se as formigas vivessem 10 anos cada, um dia cavar não faria sentido e então começariam a se perguntar, pois o questionamento traz a curiosidade, vontade de mudar, experimentar e sobretudo o saber.

Não tenha medo de questionar, mudar, ser curioso… Isso vai te diferenciar de um inseto.

Tiago Campana
aspirante a Entomológico