O que te inspira #3

Imagine você viver na era da inclusão digital e não poder usufruir disso apenas por ser mulher? É pensando nisso que hoje falamos a história de Malala Yousafzai, uma jovem de Paquistanesa que venceu o prêmio Nobel da Paz em 2014 quando tinha apenas 17 anos, tornando- se a mais jovem a receber tal honraria.

Malala nasceu no Vale do Swat, no norte do Paquistão. Filha de um professor e do dono da escola, sempre foi incentivada a estudar. Para conseguir tal feito, ela sempre ia de ônibus escolar com a roupa do colégio escondido dentro da mochila, para não despertar curiosidade do Talibã. Mesmo assim, em 2008, o grupo terrorista atacou 15 escolas para meninas no país, entre elas a de Malala.

Seguindo sempre seu sonho de ser médica e incentivada pelo pai, a menina seguiu estudando e quando tinha 12 anos foi convidada pela rede BBC para escrever anonimamente em um blog para a rede de telecomunicações, explicando como era sua vida no país. Seus pais sabiam do risco, porém achavam que se caso houvesse uma retaliação do Talibã, seu pai é quem seria o alvo.

O blog durou alguns meses, o suficiente para ganhar notoriedade na mídia. Malala deu entrevistas em vários meios de comunicações, ganhando a simpatia e seguidoras em todo o mundo. Não contente com isso, em 9 de outubro de 2009, o grupo terrorista atacou Malala enquanto ela voltava da escola, acertando 3 tiros na menina. Em situação critica, foi levada para a Inglaterra, com ajuda do governo do país, onde realizou duas cirurgias. Recebeu alta apenas em janeiro e passou a viver no seu novo país, juntamente com sua família.

Ainda vivendo sobre a batuta do medo, nossa jovem guerreira não desistiu. Em julho de 2013, Malala discursou na assembleia da ONU para mais de 100 pessoas, na cidade de Nova Iorque. Um ano depois, foi a mais jovem vencedora do prêmio Nobel da Paz, aos 17 anos de idade. Malala acaba de ganhar uma bolsa de educação em Oxford, nos EUA, onde irá estudar filosofia, politica e economia. Ela pretende, depois de tudo isso, ainda voltar ao seu país natal e se tornar uma grande politica.

E aí, o que te inspira?

Anderson Caxa
Esportista, cinéfilo, leitor e beberrão

Perto de mim, somente pessoas sensacionais.

Eu estou sensacional, essa tem sido a minha frase preferida quando me perguntam como estou. Sabe, não sou de me achar, mas já passei por tanta coisa nessa vida, que eu não tenho espaço para pessoas mornas mais, do tipo que não sabe o que quer.

Quantas pessoas que você se relacionou e te falaram que não sabiam se queriam namorar, pra onde gostariam de viajar ou que não estavam muito a fim de ir àquela festa com você.

Chega de gente assim na minha vida e chega de gente assim na sua também, olhe para dentro e veja o quanto você é incrível, acorde e sorria pra vida, pare de depender de alguém pra ser feliz e seja feliz!

Faça aquela viagem que você sempre sonhou e ninguém quis ir contigo, imagine só, quanta coisa você vai poder fazer sem ter alguém chato pra te limitar, te dizendo o tempo todo que não está muito a fim. Vá naquela festa e dance como se o mundo fosse acabar amanhã, aprenda tocar violão, faça qualquer coisa que tiver vontade.

O mundo já está cheio de pessoas mornas e tediosas, seja diferente, da próxima vez que te perguntarem como você está se sentindo, diga…

Estou sensacional!

Ricardo Reis
Consultor, blogueiro, estudioso e barbudo

Virei mãe e agora?

Olá, meu nome é Larissa, tenho 19 anos e sou mamãe da Isabela de 2 anos, sou uma mãe adolescente e solteira!

Engravidei aos 15 e a Bela nasceu quando eu tinha 16 anos, uma gravidez mega conturbada, devido a problemas no meu relacionamento com o pai. Bom, no começo sem dúvidas o maior susto que eu já levei na minha vida, poderia dizer que foi quase um “choque de realidade”, por pensar que certas coisas nunca aconteceriam comigo, confesso que o susto demora algum tempo pra passar e a ficha demora a cair.

Foi um tanto complicado, não era algo que eu queria e esperava, logicamente o preconceito é absurdo, não apenas por ser mãe solteira, mas por ser uma mãe adolescente, ouvi muita coisa de pessoas que eu pensava que gostavam de mim e que eu esperava que fossem meu suporte, mas enfim, as pessoas costumam achar que temos menos capacidade de dar uma boa criação a um filho por causa da idade, como se isso fosse parâmetro.

Eu não tinha maturidade pra ser mãe, claro que não, tinha muita coisa pra viver, e me imaginava vivendo sozinha, um filho mudaria tudo, estudos, trabalho, vida social e blá blá blá, mas primeiro veio o maior amor do mundo pelo ser que estava dentro de mim, depois veio a aceitação e uma força que não sei de onde surgiu, aí veio a maturidade pra lidar com a minha pequena e pra deixar o que as pessoas pensavam de lado, admito que até hoje não entendo como as pessoas ainda conseguem julgar sem saber nem um pouco da história do outro.
A forma como as pessoas veem uma gravidez na adolescência me assusta, sem dúvidas não é algo fácil, mas desde quando existe idade pra sentir todo esse amor que não se explica? Tudo bem, é pular uma etapa, a maturidade está longe de ser o suficiente e de certa forma é uma criança cuidando de outra, mas a partir do momento que não se sente todo esse amor e que não se passa por essa situação, não se julga!

Sofri e sofri muito por conta dos julgamentos, do preconceito, e por outros motivos maiores que eu não vou comentar aqui, porque hoje eu sei com qual propósito que tudo aconteceu na minha vida tão cedo…

Acho incrível como um ser tão pequeno teve a capacidade de mudar meu foco, minhas prioridades, minhas atitudes, minhas escolhas, minha vida! Até eu descobrir minha gravidez apenas tinha sentido um amor de verdade, o amor de filha, onde amamos nossos pais, mas reclamamos quase na mesma proporção.

Hoje eu percebo o quão errada eu fui em vários momentos com as pessoas que me deram a vida e que apesar de tudo isso, foram eles que estiveram ao meu lado em um momento que até pouco tempo atrás parecia ser o mais difícil.

Agora eu sinto na pele o tal amor sem explicação, a tal sensação maravilhosa que a maioria das mulheres sentem , e realmente é algo que não se explica e não se mede, é o tal do amor que dói. Agora eu me pergunto se tem felicidade maior que essa, se tem coisa melhor que sentir alguém se mexendo dentro de ti, se tem honra maior que ser MÃE.

E vou repetir o que eu ouvi do homem que eu mais admiro, no dia em que eu pensei ser o pior da minha vida- “Toda mulher tem que ser mãe um dia, é a lei da natureza, contigo aconteceu um pouco mais cedo, e isso esta bem longe de ser um problema!”.

Independente da idade, da maturidade, das condições, essa é uma coisa divina demais pra acontecer por acaso, e como todos dizem- “ A dificuldade está nos olhos de quem vê”.
EU CRESCI E ME CONSIDERO UMA PESSOA ABENÇOADA, tive total apoio da minha família, a qual não existe palavras pra descrever tamanha gratidão, a Isa veio pra nos unir, pra me mostrar o que é amor de verdade, veio pra me fazer perceber que as coisas não são tão difíceis assim, que a gente que complica um pouco…que nós mulheres somos capazes sim, de fazer várias coisas ao mesmo tempo e sozinhas, ela veio pra me mostrar que a felicidade está na gargalhada mais gostosa do mundo, e no ouvir um simples “mamããeee”, ela me fez reavaliar atitudes, algumas coisas se tornaram fúteis, outra se tornaram ainda mais importantes.

Desde a minha gravidez a Isa era quem me guiava e me dava forças pra tomar as maiores decisões da minha vida, e hoje também é ela quem me faz perceber que fiz as escolhas certas. Ela afastou pessoas e aproximou as melhores, que estão até hoje do nosso lado.

Hoje estou onde estou por causa dela, apenas quero que um dia ela sinta um terço do amor, do orgulho e da gratidão que eu sinto pela minha mãe, eu só quero poder passar um pouco dos valores e do caráter que a minha família me passou, e o fato de ter engravidado aos 15 anos só me ensinou a dar mais valor pro que eu tenho, uma família incrível, uma vida tranquila e as melhores pessoas pertinho de mim.

Hoje a Isabela é a minha luz, meu refúgio, meu porto seguro, e é nela que eu encontro forças pra seguir em frente, apesar de todos os pesares!
Parabéns a todas nós, mulheres, que tiveram a honra e a coragem de ter um filho, independente da idade e da situação e que apesar de todas as dificuldades, tiveram forças pra seguir em frente!

Larissa Libardi
Mãe adolescente e solteira

Livre-se dos embustes!

EMBUSTE – essa palavra está em alta e você sabe o que significa? No sentido literal da coisa podemos dizer que embuste é uma cilada, enodo, armadilha, engano […] e por incrível que pareça essa não é uma palavra nova, ela já existe à anos, e eles, os embustes, também, mas continuamos dando moral à eles.

Mas como saber se a pessoa é um embuste? É simples, utilize o método da reciprocidade, se a pessoa não der o mínimo do que você da à ela, (atenção, conversas, carinho…) é sim um, e vai por mim, ela não serve para você.

Essas espécies nos fazem sentir instigados, geralmente são aqueles crushs que mais nos apaixonamos, por que o ser humano é movido por desafios, mas não caia nessa cilada, se você quer um relacionamento sério, algo duradouro, se livre desse embuste.

A pessoa certa pra você vai ser parecida contigo, gostar mais ou menos das mesmas coisas, terá opiniões não tão divergentes das tuas, e vai retribuir cada gesto que você fizer, ser contigo o que é com ela, aquele lance de ser recíproco.

Eu sei o quão difícil é se livrar daquele embuste, eu mesma conheci uns dois e quando aparece um que não é, fica até estranho, não sei nem como agir, não estou acostumada, mas é tão bom pra variar, sentir que alguém está te retribuindo o que você é pra pessoa, faz a gente acordar até mais feliz sabendo que vai ligar o celular e ter um “bom dia”.

Então, um conselho, se a pessoa ta online e não te responde, se ela só manda mensagem depois que você manda, se quando vocês estão juntos é fria ou não sai do celular, sério, quer ser feliz com alguém? Se livre dela.

Larissa Emely
Ruiva, aprendiz de mãe, caçadora de não embustes.

A Fórmula para a Felicidade

A medida que crescemos as conversas mudam, e as perguntas sim, apesar de o conteúdo ser mais ou menos o mesmo.

Quando estamos solteiros é: E os namoros, como estão?

Quando estamos conhecendo alguém é: Vai enrolar até quando?

Quando estamos namorando: O casamento sai quando?

Quando enfim casamos: E os filhos/netos vem quando?

Mas por que eu falo que é quase sempre o mesmo tipo de pergunta? Porque em todas elas há por trás uma ideia de cobrança do que as pessoas em geral entendem ser necessário para a felicidade.

Creio que não seja por mal, mas esse modelo de felicidade realmente ainda é válido?

Em um primeiro momento da humanidade, estar em uma união que gerasse filhos era primeiramente questão de sobrevivência, para ser numericamente maior e ter mais chance, me referindo a períodos selvagens, desde as primeiras organizações (genos, fratrias, tribos e os primeiros embriões das cidades estados e reinos).

Contudo, dessa época para cá, muita coisa mudou, valores culturais mudaram, sociedades se transformaram, métodos de controle de natalidade que há existiam no período do Egito antigo foram aprimorados (preservativo masculino) e diversificados, de maneira que hoje tem-se uma gama de opções, com produtos de uso interno, externo e de curto ou longa duração no corpo humano, sem falar também nos métodos de intervenção em uma gestação.

Hoje em dia, filhos não são mais um imperativo na vida de todos, tornando-se uma opção, prova de que essa “necessidade” reduziu drasticamente é que nossos avós provavelmente tinham famílias enormes, a dos nossos pais foi menor e hoje, é comum que uma família não passe 3 filhos, mas a meta ideal para muitos é 1 ou 2 filhos.

Enquanto a filiação é reduzida, fenômeno similar visualizamos na vida 2, muitas pessoas hoje em dia optam por se casarem mais tarde, novamente retomando exemplo dos avós, casamentos eram na volta dos 20 e poucos anos ou antes mesmo, até porque a expectativa devida naquela época raramente excedia os 60 anos, e pessoas com mais de 40 anos já eram tidas como idade avançada.

Hoje a quantidade de pessoas que prioriza a carreira profissional a frente de uma relação afetiva é muito maior, deixando para se casarem para depois dos 30 as vezes próximas dos 40 ou mais. Isso seria reflexo de dois fatores, em minha análise, reflexo da igualdade de necessidades de alcançar sucesso profissional (dentre os homens e as mulheres), a revolução causada pela pílula na sociedade pós-moderna (explicarei melhor em outro texto) e a superação da ideia da necessidade de uma relação afetiva para a felicidade, sendo as vezes “substituída” pela realização profissional.

O que quero dizer com tudo isso é que, as pessoas podem serem felizes sem necessariamente se envolverem profundamente com outras pessoas.

A felicidade é algo pessoal, não existe uma fórmula externa para alcançá-la, ela acontece no plano interior do ser humano, as pessoas têm que encontrarem e si mesmas as razões para se fazerem felizes. Depositar essa responsabilidade em outra pessoa é um peso que nenhuma relação aguenta.

Comparando sensos de diversos países com IDH avançado, é crescente o número de casais sem filhos e lares de uma pessoa só. Disso podemos concluir que esse comportamento pode ser uma tendência. Inclusive há países que incentivam a migração exatamente para combater baixas taxas de natalidade frente a crescente envelhecimento da população.

A conclusão disso tudo é, se tu és feliz, sentindo realização no seu modo de vida, está bem. Não necessariamente precisamos de outra pessoa para sermos felizes, podemos ser por nossa conta, isso dá mais liberdade, sobre o próprio tempo, planejamento de viagens e etc.

Quem quiser a fórmula antiga, que siga, por um pouco mais de 5.000 anos ela deu conta do recado para alguns.

Nelson Camargo
Humano em constantes atualizações de sistema, trinta e poucos anos, dependente químico de carboidratos e cafeína.